sexta-feira, agosto 20, 2010

Tem que haver um motivo

Não pode ser mera bobagem:
As mágoas, os gritos, a rotina.
Não creio no nada, por que eu quero o tudo.
Então bastou alguns segundos pra sentimentos encontrarem seu lugar.
Mas foi necessário muito tempo pra algum adeus ser superado.
Mas não pode ter sido só um fato:
Os abraços, as sombras, o medo.
Não creio na fraqueza, por que preciso ser forte.
Assim como é preciso garra pra abandonar a dor.
É preciso de meiguice pra acalentar o gigante.
Então não pode ter ficado pra trás:
Os gritos, as alegrias, o sorriso fácil.
Não acredito no mal, por que estou atrás do bem.
Por que o sol vem amanhã e alguns terão medo da sua luz.
Enquanto outros estarão repousando na paz de raios atingindo as vidraças.
E quando a noite chegar, não quero temer as suas sombras.
Não acredito que tenha sido vão:
Os pulos, a urgência, o temor.
Não preciso do muito, por que se cresce do pouco.
Mas preciso de um sonho. Preciso chegar á algum lugar.
Preciso da tal luz no fim do túnel, quando tudo for escuridão.
Então eu acho que tem que existir outro cenário, dentro da própria imaginação.
Por que o medo mora logo ali e não é fácil ficar lúcido na hora da fraqueza.
Deve ser por isso, essa divisão de fortes e fracos.
Quando a melancolia rouba os sorrisos e acende a escuridão.
Deve ser aí o momento em que se é necessário ter outro mundo dentro do próprio ser.
Mas me diz o que te faz forte?
É a tua capacidade ou precisa fazer da cabeça do teu companheiro um degrau?
Não pode ser esquecido:
As falhas, os tropeços, o percurso.
Não é preciso ser totalmente sábio ou uma legítima fortaleza.
Mas seria bom que conseguíssemos fazer da fraqueza um atalho para o crescimento.
Por que não abandono a idéia de que tudo tem um porquê.
Então a tua vida tem que ter algum objetivo.
Os teus sorrisos devem ter algum significado mais profundo, além do que entendemos.
As tuas lágrimas, certamente te conduzirão a algum caminho só teu.
E os teus sonhos te darão asas quando não souberes caminhar.
Por que além de tudo, não pode ser vã: A vida.