quinta-feira, junho 10, 2010

Viver, por que sobreviver não basta.

Até o palhaço sorridente as vezes chora no camarim. Da mesma forma que o coveiro que não enterra somente pessoas, mas também sonhos e esperanças, sorri por bobagem. Por que até o mendigo solitário tem sonhos; Até o executivo amargurado é capaz de se entregar ao amor. Por que alguém foi chamado de louco ao contar seus sonhos e alguém humilhado por gritar os seus desejos.
Na leveza do vento, alguém acreditou que tinha asas. Na tristeza, alguém encontrou a alegria. No peso das lágrimas, muitos adormeceram. No vazio da alma, alguém gritou.
Na viagem de um som, houve paz. E na paz de um som, foi possível viajar. Por que até o fazendeiro triste, sorriu quando pássaros cantaram. Até a adolescente incompreendida que chorou a noite toda, sorriu ao encontrar-se com a luz do sol. Por que até o navegante em uma dura tempestade, gargalhou do próprio desespero.  Até na desilusão, encontrou-se histórias para contar e na solidão, um novo rumo a seguir. Na felicidade dos sorrisos infantis e na seriedade de olhares preocupados, achou-se paz. No brilho dos olhares e na esperança sincera do amor. Rascunhando objetivos e traçando um limite. Sorrindo e chorando sem razão. Entregando-se aos sentimentos e salvando antigos amigos.
Encontrou-se paz, encontrou-se luz...
Houve amor e pessoas foram compreendidas...
Por que demoramos tanto para perceber, que até da própria tristeza dá para rir?
rir, rir e sorrir...
Viver, por que sobreviver não basta.



2 comentários:

  1. no peso das lágrimas, muitos adormeceram.

    gostei disso.

    obrigada pela visita.

    vou tentar passar sempre por aqui.

    um abraço

    ResponderExcluir
  2. vc pode postar sobre outras coisas?

    ResponderExcluir