terça-feira, março 22, 2011

O mais ou menos não basta

Ou ama ou odeia, ou vai ou fica, ou chora ou sorri
Mas se ama, te atira, mergulha fundo nessa, não duvide, não ame pela metade
Mas se odeia, te digo que ame. Teu caminho será cheio de luz
e se for partir, parta mesmo, não fique no meio do caminho. Ou vai, ou fica
Mas se ficar, fique por inteiro, fique de verdade, fique ficando
e quando chorar, que desabe, que derreta, que se afogue
pra que teu sorriso também seja definido, diferenciado
pra que teu sorriso seja sincero, seja cor, seja vida
Ou vive ou morre, ou grita ou fica mudo, ou ajuda ou abandona
Se vive, então viva, nada desse teatrinho de viver por que respira
Para que quando morrer, seja morte, seja choro, seja saudade, seja dor
E quero te dizer que grite
grite o que me machuca, grite o que te cala, grite o que te dói
para que o silêncio seja uma forma de descanso e não de medo de falar
Mas se ajuda, ajude com tudo o que pode, quem sabe até com o que não pode
E se fores abandonar, lembre que abandono pela metade, não existe
e abandono por inteiro seria a maior prova de tua incapacidade de ajudar
Então...
Ou fale a verdade ou minta
meias verdades, assim como meias mentiras, não existem
Ou mude algo ou então não faça nada
se for agir pela metade, fique aí de braços cruzados, não vai fazer diferença
Mais ou menos
Metade
Quem sabe
Talvez
Um pouco
Nada disso me serve, me basta, me sustém
Ou é ou não é, ou quer ou não quer, ou tem ou não tem
O resto, vai ser sempre mais ou menos bom.