quinta-feira, junho 17, 2010

Doces histórias...

Um homem exaltado pela descoberta de uma nova doença.
Um pobre desconhecido procurando liquidações para vestir seus filhos.
Um nomeado viajante até um simples gari.
O que sorriu o dia todo e o que chorou por uma solução.
Do depressivo ao lunático. Do solitário ao acompanhado.
Posso ver todos cheios de histórias para contar.
Posso enxergar o milionário contando ao seu neto: Trabalhei muito, para chegar aqui.
Posso ver o humilde com pés no chão, abraçado ao seu filho, detalhando sua infância com palavras erradas e mal colocadas.
Percebo que ninguém é totalmente mau, nem totalmente certo.
Não há quem não tenha errado ou vá errar.
Não haverá solidão se você souber sorrir.
Assim como há curiosos querendo conhecer o desconhecido e alguns decepcionados esperando o dia em que seu corpo deite a terra, já sem vida.
Todos com histórias a contar.
Ninguém teve a vida totalmente tomada de tristezas.
Do pobre apaixonado com o coração em outras dimensões. Até o desiludido.
Todos são livros abertos, escrevendo novos capitulos a cada dia.
Histórias, doces histórias...
Acredito que todo mundo, um dia contará a um filho, um neto ou um simples novo amigo que um dia se machucou, que um dia ralou o joelho e chorou ofegante a espera dos braços da sua mãe. Acredito que quando amigos se encontrarem depois de vários de distancia eles relembrarão de aventuras que hoje não seriam capazes de realizar.
Posso ver, dois idosos de mãos dadas passando por uma praça e susurrando: Lembra do nosso primeiro encontro?
Acredito que muitas crianças dormirão ao som de doces histórias, que servirão de canções de ninar.
Posso ver alguma criança pedindo: Vovô, repete a história de quando você e o papai foram juntos pescar pela primeira vez?
Acredito em doces histórias e na simplicidade de momentos passageiros e ao mesmo tempo eternos.
Doces histórias, que farão muitas crianças adormecerem e desejarem ser igual ao seu pai.
Histórias que contarão de um mundo, que nunca mais voltará, um mundo único, que as palavras nos permitem relembrar quando dentro de você algo repete: Que saudade...
                                                                               

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